A falta de empatia durante a pandemia: como ser empático nesse período

Veja como a pandemia de covid-19 intensificou sentimentos como a falta de empatia e maneiras de aplicar a empatia na sua rotina 

Durante a Pandemia de Covid-19, diversos temas voltaram a ser o foco de discussões sobre saúde, como por exemplo a falta de empatia. A empatia é uma importante ferramenta, pois ela nos ajuda a sentir o acolhimento de outras pessoas.

A falta de empatia, por outro lado, pode ser prejudicial nas relações sociais na medida que atitudes humanistas e a compaixão diminuem. Inevitavelmente, a busca por diferentes formas de demonstrar a empatia passou a ser tarefa difícil.

Neste post iremos abordar como praticar a empatia mesmo em períodos atípicos, e como evitar cair no buraco apático que a falta de empatia pode nos jogar.

Boa leitura!

Empatia e a falta de empatia para a psicologia

Empatia é a capacidade de você sentir o que uma outra pessoa sente, se colocar no lugar do outro em situações vivenciadas por ela e tentar compreender sentimentos e emoções que são do outro, mas que poderiam ser nossas.

A empatia gera nas pessoas sentimentos e emoções positivas, como por exemplo:

  • Respeito;
  • Afetos;
  • Compreensão;
  • Sensibilidade;
  • Solidariedade.

Por outro lado, a falta de empatia é considerada por alguns como doença. Dependendo do grau de falta de empatia em uma pessoa, ela pode originar e abrir caminhos para diversos distúrbios e atitudes negativas, como:

  • Psicopatia;
  • Transtorno de personalidade antissocial e narcisista;
  • Autismo;
  • Falta de sensibilidade;
  • Falta de compaixão;
  • Crimes;

Por isso, quando a falta de empatia cresce na sociedade todos acabam perdendo, pois corrompe a própria humanidade que nos torna sensíveis a situações angustiantes.

duas pessoas abraçadas empatia e falta de empatia

A falta de empatia na pandemia

Desde o início da pandemia da Covid-19 fomos colocados em um lugar de extremo estresse e confusão.

Muitos desenvolveram doenças e problemas de saúde mental, como:

  • ansiedade;
  • crises de pânico;
  • depressão;
  • síndrome burnout;
  • etc.

Muitas dessas pessoas não passaram por essas situações antes da pandemia, contudo, por conta do isolamento social – e também pelo número alarmante de mortes ao redor do mundo – esses casos cresceram. 

Além disso, essa falta de contato com o outro fez com que ficássemos mais introspectivos e menos empáticos. Esquecemos que quando a sociedade deixa de praticar atitudes empáticas, os números de casos e mortes crescem.

E por que isso acontece? Continua aqui com a gente que falaremos sobre falta de empatia e atitudes individualistas para você entender melhor.

Ignorar o isolamento social

A eficácia do isolamento social foi comprovada por diversos estudos científicos. Quando ignoramos o distanciamento nesse período atípico, atitudes individualistas e mesquinhas se reproduzem.

É muito importante manter sua saúde física e mental, porém devemos realizar essas atividades baseadas na empatia coletiva

Atitudes impensadas que ignoram o fato de milhares de profissionais da saúde estarem diariamente no combate da pandemia, faz o efeito contrário, ou seja, aproxima nosso pensamento da falta de empatia.

Os profissionais da saúde estão a dois anos trabalhando sem descanso para salvar vidas desconhecidas. Esses profissionais são os grandes exemplos da empatia. “Fazer o bem sem olhar a quem” na prática.

Com flexibilização do isolamento, as UTI ‘s tendem a lotar novamente. Virou dever dos cidadãos comuns cuidar desses profissionais. Respeitar o isolamento é um ato de empatia. 

Apesar do contato humano ser extremamente importante na nossa vida, devemos adaptar nossa realidade às nossas necessidades.

Não usar máscara

O uso de máscara passou a ser um assunto polêmico desde o início da pandemia. É um dos maiores atos de falta de empatia que existe atualmente.

Afinal, sua eficácia vai além da autoproteção de quem a usa, mas também para evitar a transmissão do vírus.

Por isso, ao recusar o uso de algo tão simples como a máscara, colocamos outras pessoas em risco.

Uma coisa que sabemos do vírus é sua anormalidade, ou seja, mesmo pessoas não consideradas do grupo de risco acabam em hospitais muitas vezes já lotados. 

Outras milhares que necessitam de leitos, morrem em filas esperando uma vaga. A consciência da gravidade da pandemia faz parte da ser uma pessoa empática.

É por isso que o uso correto da máscara é de extrema importância. Uma pessoa infectada, dependendo do grau de transmissão, pode infectar muitas outras em pequenos intervalos de tempo.

Negar a eficácia da vacina

Apenas a vacinação em massa pode nos salvar desse vírus. Grupos anti-vacina estão entre os principais responsáveis por propagar ideias absurdas.

Eles incentivam a falta de responsabilidade individual sobre o contexto mundial de pandemia.

Negar a eficácia das vacinas do Covid-19 é um desserviço para a sociedade e um grande exemplo de falta de empatia, visto que os números de mortes diminuíram consideravelmente em países que vacinam mais.

Quando aceitamos nos vacinar, estamos nos protegendo e protegendo quem amamos e até quem não conhecemos, só assim poderíamos voltar para um possível “normal”.

Portanto, quanto mais empatia temos durante esse período, mais próximo de salvar vidas chegamos. Mesmo os jovens e saudáveis estão expostos ao vírus e, ao que parece, é justamente esse grupo que possui maior dificuldade de desenvolver a empatia.  

O que fazer para não perder a empatia e ao mesmo tempo impedir que notícias ruins nos afetem e nos adoeça?

Práticas para afastar a falta de empatia

duas sombras com empatia e falta de empatia

Quando toda uma sociedade passa por eventos que alteram por completo a rotina de seus indivíduos, pode ser difícil encontrar motivos e formas de desenvolver sentimentos como a empatia.

Por isso, alguns treinamentos de habilidades de comunicação que podem nos ajudar a elevar nossa empatia, são:

Escuta disponível ou ativa  

Pode ser por meio de chamadas de vídeos, telefone ou até mesmo mensagens de texto.

Mandar mensagens otimistas é uma ótima atitude quando você não sabe o que dizer mas gostaria que a pessoa soubesse que você está ali por ela.

Muitas pessoas têm dificuldade de se comunicar e se expressar em momentos difíceis como a perda de um ente querido. O mais importante é saber ouvir. Quem perde alguém às vezes só precisa de um ombro amigo acolhedor.

Além disso, a escuta ativa se caracteriza por realmente escutar o que está sendo passado, não somente ouvir, ou seja, o ato mecânico da audição.

A escuta disponível – ou ativa – tem como características base:

  • Atenção total ao que está sendo falado e momentos de fala – é um diálogo, mas cuidado para não interromper, julgar ou causar distrações do assunto compartilhado;
  • Atenção à linguagem corporal, tons de voz e expressões faciais;
  • Finalizar a conversa reforçando o que foi falado – para garantir que as duas partes têm consenso de interpretação -, e fazer encaminhamentos para o que foi discutido. 

Apreender atitudes humanistas

Um excelente método de transmitir e aprender a empatia é através de outras histórias de vida.

Quando lemos ou escutamos histórias de vida de pessoas totalmente diferentes de nós, percebemos que muitas vezes vivemos em uma bolha.

Compartilhar suas histórias também irá ajudar outras pessoas a trabalhar na própria empatia. Não tenha medo, às vezes você pode se sentir sozinho apenas por não contar a sua história. Existe alguém no mundo só esperando para ouvi-la.

Trabalhar as emoções destrutivas  

Negar sentimentos e emoções nos levam a cometer julgamentos, dificultando nosso entendimento e a valorização da vivência alheia.

Desta forma, quando permanecemos nos martirizando e achando que tudo sempre vai dar errado, deixamos de acreditar na bondade do próximo.

O individualismo é parceiro da falta de empatia, mesmo nos dias ruins ou quando alguém é mal-educado conosco, depende de nós mudar essas situações usando a educação e paciência.

Trabalhando a empatia em você

Ao longo do post vimos que a falta de empatia é a ausência da capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa.

Também associada a diversos distúrbios, a falta de empatia na pandemia trouxe diversos problemas à saúde mental das pessoas.

É por isso que, na medida que atitudes apáticas como: ignorar o isolamento social, não usar máscara e negar a eficiência da vacina começam a ganhar força, os resultados só tendem a prejudicar a sociedade.

Praticar e estudar atitudes empáticas tornou-se essencial no período mais obscuro da última década.

Então como fazer com que a falta de empatia não te adoeça? Se informar sobre o tema e buscar mudar suas atitudes já é um bom começo para desenvolvê-la.

Se você acredita que precisa trabalhar sua empatia ou que suas atitudes precisam mudar, nosso blog está recheado de conteúdos sobre esses temas. Para que você comece essa jornada, já separei alguns conteúdos que vão te ajudar:

Além disso, a empatia – e outros sentimentos, emoções e soft skills – devem ser trabalhados constantemente. Por isso, também separei alguns perfis que valem a pena o seu follow no Insta:


Silvia Walz

Desde muito jovem eu sabia que escrever desempenharia um papel importante na minha vida. A produção de conteúdo para blog foi a forma que encontrei de informar e conscientizar as pessoas sobre diferentes realidades e perspectivas de vida. E foi aqui na Protagonize que tornei a minha jornada profissional muito mais interessante e desafiadora.