Autossabotagem – Como controlar seus sabotadores

Aprenda as diferentes formas de lidar com a autossabotagem e eliminar esses comportamentos da sua vida

Quem nunca deixou de fazer alguma coisa porque ficou com medo de dar errado? Ou colocou as necessidades dos outros acima das suas? Ou, ainda, procrastinou uma tarefa que não era tão agradável? A autossabotagem está mais presente na nossa vida do que imaginamos. 

Dependendo da intensidade com que esses comportamentos aparecem, eles podem atrapalhar seus relacionamentos e te impedir de crescer. Neste artigo, vou mostrar métodos que você pode aplicar no dia-a-dia para lidar com os seus sabotadores.

Em 5 minutos você vai entender quais sabotadores existem e como controlar a autossabotagem para levar uma vida mais leve e produtiva. 

Boa leitura!

Quem são esses vilões sabotadores?!

Os sabotadores são padrões de comportamentos que surgem durante a infância como mecanismo de defesa. Quando crianças, eles nos ajudavam a crescer e lidar com os desafios diários de uma forma saudável.

Na vida adulta, eles se transformam em “falsos amigos”. Ou seja, se tornam padrões de comportamentos negativos que dificultam nosso processo de amadurecimento, nossos relacionamentos e, também, desviam nossa atenção e foco dos objetivos.

Segundo Shirzad Chamine – especialista em neurociência e autor do livro Inteligência Positiva -, existem 10 sabotadores que podem trabalhar contra o nosso bem-estar, produzindo uma resposta negativa e automática às situações que enfrentamos no dia a dia. São eles:

1. Crítico: Encontra defeitos em si mesmo, nos outros e nas circunstâncias;
2. Insistente: Perfeccionismo e necessidade de ordem levadas longe demais;
3. Prestativo: Tentativa indireta de conseguir aceitação e afeição por meio de ajuda, agrado, resgate ou elogio a outros;
4. Hiper-realizador: Dependente de desempenho e realizações constantes para respeito próprio e autovalidação;
5. Vítima: Emocional e temperamental para conquistar atenção e afeição, com foco extremo em sentimentos dolorosos;
6. Hiper-racional: Foco intenso e exclusivo no processamento racional de tudo, incluindo relacionamentos;
7. Hipervigilante: Ansiedade contínua e intensa quanto a todos os perigos da vida e foco no que pode dar errado;
8. Inquieto: Raramente fica em paz ou satisfeito com a atividade do momento, está em constante busca de maior excitação;
9. Controlador: Necessidade de assumir a responsabilidade e controlar situações, forçando as ações das pessoas às suas próprias vontades.
10. Esquivo: Se concentra no que é prazeroso e foge de tarefas e conflitos difíceis.

Para aprender a lidar com os sabotadores, você precisa conhecê-los a fundo e descobrir de que maneira eles impactam a sua vida.

Lidando com a autossabotagem

Para Chamine, não há dúvidas de que todas as pessoas se sabotam de diferentes formas e em maior ou menor grau. A questão a ser analisada é quais são os seus sabotadores predominantes e qual é a intensidade deles. 

É importante que você entenda que a autossabotagem pode trazer inúmeras consequências, tanto para a sua vida pessoal quanto profissional. Além disso, esses comportamentos podem desencadear doenças, como ansiedade e depressão. 

Você se sabota quando:

• Deixa de se destacar na equipe e acaba perdendo oportunidades no trabalho, pois o medo te impede de crescer. 
• Se cobra muito e assume mais atividades além do seu limite, gerando ansiedade e desequilíbrio emocional.
• Não consegue criar laços profundos com as pessoas, pois tem muitos conflitos, prejudicando seus relacionamentos interpessoais.
• Acredita ser incapaz de realizar tarefas ou pensa que não merece reconhecimento por seus resultados, o que te leva a ter uma baixa autoestima.

Como controlar a autossabotagem

A Protagonize desenvolveu um método prático para reduzir a autossabotagem. Essa metodologia é fundamentada em conceitos da psicologia e já foi aplicada em centenas de pessoas durante os cursos e mentorias individuais.

Passo 1 – Descubra quais sabotadores afetam você

Seja qual for o problema, reconhecer é o primeiro passo para que você consiga se livrar dele. Isso não seria diferente com a autossabotagem.

É importante que você conheça profundamente cada um dos seus sabotadores predominantes. Quanto mais você entende sobre eles, mais fácil é identificá-los e agir antes que a autossabotagem aconteça. 

Converse com seus amigos e familiares. Peça ajuda para identificar situações em que você agiu de acordo com os seus sabotadores. A tomada de consciência é uma etapa essencial, pois permite que você identifique e trabalhe seus pontos de melhoria.

Passo 2 – Estude e documente de que forma eles atrapalham sua rotina

Identifique qual é o impacto de cada sabotador e como você lida com isso. Talvez seja mais fácil de visualizar listando situações em que esses comportamentos falaram mais alto.

Então, analise seu comportamento e o que se passa na sua mente quando seu sabotador predominante aparece.

É importante se perguntar qual área da sua vida você está sabotando. Sua carreira? Seu relacionamento? Sua saúde? Você luta contra ele, ou apenas aceita? Você busca entender os motivos pelos quais tomou determinadas decisões, ou prefere não pensar nisso? 

Anote todos os seus aprendizados e procure enxergar os padrões que mais atrapalham seus objetivos.

Passo 3 – Pratique técnicas de autoconsciência

A autoconsciência envolve a capacidade de olhar para si mesmo e ganhar conhecimento do seu mundo interior. Dessa forma, a percepção de diferentes aspectos dentro do seu próprio Eu te auxilia a enxergar e monitorar melhor as suas emoções e comportamentos.

Ser autoconsciente faz com que a gente valorize as conquistas e compreenda que somos os únicos responsáveis por nossas escolhas e as consequências delas.

As práticas de autoconsciência são fundamentais para nos ajudar nesse processo. Vou te mostrar algumas das que nos ajudam a desenvolver essa habilidade. 

Práticas para diminuir a autossabotagem

Yoga

É natural que pensemos em mil coisas ao mesmo tempo. Enquanto estamos no trabalho, pensamos nas tarefas que precisamos fazer em casa, e vice-versa. Dessa forma, na maior parte do tempo não estamos realmente focados no momento presente. 

A yoga e a meditação são algumas das práticas mais conhecidas que relacionam a autoconsciência corporal e emocional. Além de inúmeros benefícios para a saúde física, ambas trabalham a respiração e os sentidos, exigem concentração e ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade.

Mindfulness

A técnica de Mindfulness é a prática de atenção plena para alcançar um estado de clareza mental e emocional. Ou seja, toda a sua atenção está concentrada na situação presente, a cada movimento e sensação. 

Experimente fazer suas atividades corriqueiras dessa forma e sinta a diferença. No banho, por exemplo, feche os olhos, sinta a temperatura da água e identifique as sensações que ela traz ao tocar sua pele.

Método dos Porquês

Outra maneira de atingir a autoconsciência é através do Método dos Porquês, cujo objetivo é chegar na raiz do problema – neste caso, da sua autossabotagem. 

Ou seja, quando você encontrar a resposta para uma pergunta, pergunte novamente “por quê?”, até que você consiga concluir o motivo que te levou a se sabotar.

Método do Presente

O último método apresentado aqui é o Método do Presente, que supõe que toda situação traz algo positivo. Para aplicar essa prática, pense em algo negativo (por exemplo, a autossabotagem) e pergunte quais foram os 3 “presentes” que a situação trouxe. 

Pode ser aprendizagem, amadurecimento, autoconhecimento… O importante é que você consiga trabalhar sua forma de pensar sobre essas situações.

Não esqueça: tão importante quanto aprender a lidar com a autossabotagem é não se punir quando isso acontecer. Entenda que nem sempre é fácil se livrar de um hábito que até pouco tempo você não sabia que era um problema. Trabalhe o equilíbrio e a autocompaixão.

Uma solução definitiva para a autossabotagem

Sabemos que a autossabotagem está presente na vida de todos e que controlar os nossos sabotadores é um processo que requer tempo. Mas, ao longo deste post, já conseguimos dar um excelente primeiro passo: reconhecê-los.

A partir daqui, você conseguirá dar os passos que realmente irão te ajudar a entender, acolher e trabalhar esses sabotadores.

Lembra quando eu falei de alguns sinais que podem surgir quando nós estamos nos sabotando? Pois é, são nessas situações que deixamos de lado o nosso bem-estar.

Vamos usar o prestativo como exemplo.

Uma pessoa prestativa costuma passar mais tempo tentando agradar os outros do que a si mesmo. Com o tempo, isso irá gerar um sentimento de sobrecarga e frustração, até mesmo se convencer de que “não fez o suficiente”.

Agora imagine uma situação onde você já entende que seu sabotador é o prestativo, e você se vê frente a uma situação onde alguém tem que ceder. Antes, você provavelmente cederia mesmo que aquilo trouxesse complicações para a sua rotina.

Contudo, quando você está trabalhando a autoconsciência, é mais fácil observar essas situações e criar estratégias para que você não saia perdendo. Com o tempo, será natural impor seus limites, se expressar com mais firmeza e até mesmo dizer “não” sem sentir culpa ou julgamento.

“Mas eu acabei de descobrir meu sabotador, não sei nem por onde começar!” Calma que é por isso que eu estou aqui!

Trilhando seu próprio caminho

A Protagonize já ajudou centenas de pessoas que estavam passando por esses mesmos desafios e, por isso, desenvolvemos métodos para  ajudar cada pessoa a encontrar e controlar seus sabotadores.

Além do curso de inteligência emocional, nós também oferecemos imersão em grupo e mentorias individuais de autoconhecimento, ou seja, tudo depende da forma como você deseja trilhar essa jornada.

Nossos cursos e imersões de autoconhecimento são encontros com profissionais de desenvolvimento humano. Aqui, eles conduzem a aplicação de dinâmicas e ferramentas de autodescoberta para todo o grupo.

Já as mentorias individuais são encontros particulares e personalizados de acordo com a sua necessidade e suas dificuldades.

Se interessou? Entre em contato com a Protagonize! Nós podemos te explicar melhor como cada uma das ferramentas funciona e também entender qual o momento da sua jornada de autoconhecimento.

Obrigada pela companhia e até a próxima!

Rafaela Porto Lemos